A maioria dos baralhos apresenta figuras muito simples e padronizadas nos naipes, o que dá pouco alimento para a imaginação. Para fugir desse padrão, escolhi para a decoração dos naipes figuras relacionadas a alguns mitos e a objetos de culto brasileiros e africanos. Na descrição dos naipes, além do significado tradicional da carta, há uma descrição sucinta dessas figuras.
Espadas
Simboliza o elemento Ar.
No mundo exterior representa a luta, o obstáculo;
no interior, o pensamento lógico e abstrato.
No plano esotérico, simboliza a
crítica a tudo que foi feito antes, a luta contra as falhas e ilusões, o
abandono dos rituais externos.
Como seu símbolo é a espada, usei espadas,
lanças, flechas e tridentes que são armas de vários orixás.
As figuras são
orixás ligados ao ar.
As Cartas:
1 — (A Arma dos Guerreiros)
A espada, arma dos guerreiros.
Início de fase emocionalmente turbulenta.
Unidade; luta contra obstáculos, conquista pela
força (para o bem ou o mal), violência. Obsessão, excesso de apego.
2 — (A Arma dos Caçadores)
Arco e flecha, arma dos caçadores.
Situação
temporária, precisa fazer algo que não gosta; luta para defender ligações ou
contra rivalidades, equilíbrio em situação dúbia ou agressiva.
3 — (O Tridente de Exú)
Obstáculos, inércia.
Afastamento por desgostos,
ruptura, dispersão, desordem, desprezo, aversão.
Fecha-se mentalmente
por medo.
4 — (As 4 Direções do Mundo)
As lanças das quatro direções no mundo
(fetiche africano).
Momento de calma, recuperação, construção,
organização.
Repouso ou exílio, retiro solitário e seguro.
Conservação,
avareza.
5 — (As 4 Direções e o Centro)
A quinta direção é o centro.
Destruição,
limpeza, castigo.
Degradação, desonra, ruína, separação, perda.
6 — (Ferramentas de Ogum)
Necessidade de seguir um caminho que pode
exigir sacrifício; tentações, indecisão, revelação de segredos.
Busca de
harmonia.
7 — (Lanças de Obaluaiê)
A ferramenta de Obaluaiê é um jogo de lanças.
Tentativa de realizar planos que podem falhar por serem muito ambiciosos.
Risco de acidentes e catástrofes imprevistas.
8 — (Barreira nos Caminhos)
Um jogo de lanças que pertence a Exu.
Posição
instável por causa de calúnias.
Inveja, obstáculos.
Perdas, roubos,
condenação, doença.
Autoimagem ruim.
9 — (Ferramenta de Exu)
O tridente múltiplo de Exu.
Prisão a ilusões, medo
de mudanças e fracassos.
Risco de decepções e atrasos.
Necessidade de se
adaptar às mudanças.
Imaginação.
10 — (Armas de Todos os Orixás)
As diferentes armas dos vários orixás.
Alternativas de ganhos e perdas, obstáculos inesperados, desentendimentos
com parceiros, risco de traição.
Doenças.
PAJEM — Ibeji, as crianças.
Vigilante, espião, traidor.
Paixão com brigas.
CAVALEIRO — Ogum, que abre os caminhos.
Impulso para perseguir, lutar,
defender-se ou atacar.
Destruição, calúnia, risco de morte.
RAINHA — Ewá, a chuva, é uma misteriosa deusa celeste.
Sofrimento com
dignidade, tristeza, perda, solidão.
Mulher cruel, falsa, intrigante; inimiga
perigosa.
Privação, esterilidade, ciúme, traição.
REI — Oxalá é o Grande Pai celeste.
Homem maduro, poderoso, decidido.
Poder, autoridade, rigidez; contato com justiça e armas; uso de força.
Lucia
Extraído de:
Tarô dos Orixás – Eneida Duarte Gaspar, Editora Pallas.
Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com
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